Em julho de 2011, conheci o paraíso chamado
Chapada dos Veadeiros em
Goiás. Paisagens emocionantes. Pessoas incríveis. Culturas únicas. Não, não são clichês, o lugar é realmente sensacional.
A Chapada inclui 3 principais lugares:
Alto Paraíso, Cavalcante e Vila de São Jorge.
Cavalcante vai ficar para outro post, pois dessa vez não fui pra lá.
O Alto Paraíso é mais urbanizado, com ruas asfaltadas, lojas, restaurantes, rodoviária, caixas eletrônicos etc. Vila de São Jorge é pé na areia, sem aspas.
Vamos às dicas:
QUANDO VISITAR
Como o lugar é sensacional, há diversas épocas boas. Conversando com as pessoas de lá, descobri que há 2 grandes épocas no ano para visitarmos esse lugar incrível.
Uma delas é
maio, pós-período de chuvas, quando os bosques estão floridos e as cachoeiras cheias d'água.
A outra é
julho, quando é seca, ou seja, a probabilidade de chuvas (para quem não gosta de pegar chuva quando está passeando) é mínima e, apesar dos bosques não tão floridos e das cachoeiras não tão cheias, as paisagens continuam maravilhosas.
Fique ligado: em julho lá faz muuuuuuito calor de dia e muuuuuuito frio à noite.
Além disso, todo ano em julho rola o
Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, evento que chama pessoas de tudo quanto é lugar e proporciona momentos inesquecíveis. Para saber mais:
http://www.encontrodeculturas.com.br/
COMO CHEGAR
Primeiro de tudo recomendo fortemente ir de manhã cedinho, vocês vão ver que dá um certo trabalhinho chegar lá.
As opções
mais fáceis e não tão baratas: táxi ou aluguel de carro.
Mas
para quem quer economizar...
Aí vai!
Primeiramente:
ir até Brasília. Eu, como sou de São Paulo, fui de avião até lá. Chegando lá, me informaram
errado que eu teria que ir até a rodoviária nova.
Eu só sabia que tinha que pegar um ônibus pro
Alto Paraíso/GO e de lá partir pro vilarejo de
São Jorge, onde eu me hospedaria.
De fato, há um ônibus pro Alto Paraíso que sai da rodoviária nova de Brasília, mas ele só tem um horário por dia (19hs aproximadamente, se não me engano) e algumas pessoas me disseram que não é sempre que ele existe. Há dias que ele, misteriosamente, não sai.
Caso você queira ir
até a rodoviária nova mesmo, há um
ônibus que sai do aeroporto e chega lá. Como eu tava lá num sábado, me disseram que ele não passava (ou demorava MUUUUUUUUUUITO para passar). Então fui de "
carona" (Amplie a palavra carona em 2 sentidos: inclinar o dedão na rua ou na estrada pedindo carona de graça; ou mesmo fechar um carro com alguém que o tenha por um preço "ok" - essa prática é bem comum por lá, justamente por não ter ônibus suficientes e em horários suficientes. Uns caras passam perguntando quem quer ir pra lá e pra cá e cobram um preço por cabeça ou por carro, aproveitando pra tirar uma grana. É bem fácil de conseguir esse esquema por lá, ainda mais em altas temporadas.). Juntou mais 2 pessoas e fomos todos, ele cobrou 20 reais o carro.
Chegando ao lugar certo, descobri: o mais
ideal é ir até a
Rodoviávia Antiga (ou do Plano Piloto). Dica: para quem também errar, há um
metrô que
liga as duas rodoviárias, foi o que eu peguei. De porta a porta, bem tranquilo.
Da rodoviária antiga, existem 2 opções:
Ou um
ônibus que sai, se não me engano,
diariamente às 14hs (talvez ele saia mais alguma vez ao dia), ou
carona.
Como eu tava com 3 pessoas, ficou fácil fecharmos um carro. A caminho do ponto do busão, um cara já parou a gente e perguntou se queríamos ir pro Alto Paraíso. O cara cobrou exatamente o preço do busão de cada um,
R$ 35,00. A vantagem é o tempo de viagem, beeeeem menor de carro (umas 3hs e meia de viagem), que de ônibus (umas 4hs e meia de viagem).
Na ida fui com o
Thiago, tel: (62) 9979-1921. Na volta fui com o
Kamilo, tel: (61) 9916-9853 e (62) 9612-3488. Ambos trabalham com isso,
carro Brasília - Alto Paraíso.
Chegando no Alto Paraíso, caso haja
tempo para comer, procure umas das opções abaixo:
1) Um
restaurante natural maravilhoso (fico devendo o nome do restaurante por enquanto), que tem um
suco natural de 7 ervas medicinais. Maravilhoso! As pessoas por lá sabem indicar onde fica, é bem na via principal, próximo ao Itaú.
2) O
restaurante Barracão 3:
Os sanduíches são deliciosos, gigantes e variados. Há diversos sucos naturais também ótimos! E ainda tem uns produtos típicos pra você comprar (sementes, doces, livros etc.). O restaurante fica ao lado da rodoviária de Alto Paraíso, o que facilita muito a vida!
Depois disso, a luta é
chegar ao vilarejo de
São Jorge. De Alto, sai um ônibus às 13hs/14hs e às 18h30/19h30.
Como ainda queríamos almoçar e dar uma enroladinha, ficamos até o fim da tarde lá. O ônibus atrasou muito e acabamos pegando carona com um cara que nos viu lá esperando e ofereceu.
Detalhe: era uma Saveiro e eu fui na caçamba. hahaha mas tudo bem, faz parte da aventura.
A estrada é quase toda asfaltada (até agosto de 2011), há apenas um pequeno trecho de terra.
HOSPEDAGEM
Para quem for pra Chapada em julho, o mais legal é ficar em São Jorge, pois é onde tuuuudo acontece. O evento que comentei no início do post, se instala lá e por isso há diveeeeeeeeeersas formas de hospedagem lá. Tem diversas casas pra alugar, pousadinhas, albergues e campings. O site
http://www.chapadadosveadeiros.com/ dá diversas dicas de hospedagem muitos boas e não somente em São Jorge.
Para
hospedagem em Cavalcante, me passaram o seguinte contato:
Albergue Hotel FM. Tel: (62) 9649-3050, Dona Francisca.
Eu fiquei hospedada na
Vila de São Jorge mesmo, no
albergue Maloca da Maluca.
As donas - mãe Lídia, e filha Natasha - são ótimas, muito hospitaleiras, muito atenciosas. Além de hospedar, dão várias dicas de passeios e participam, guiando a galera em vários passeios.
O lugar é excelente, muito limpo e organizado. Eu me sentia em casa! O quarto parece uma casinha de bonecas e tem café quentinho o dia todo, preparado pela Lídia.
A localização também é ótima, fica bem na entrada da Vila e todos conhecem e sabem informar onde fica.
Contato:
Lídia (61) 8111-2947 e
Natasha (61) 8198-7317. Também tem o facebook da Maloca:
http://www.facebook.com/profile.php?id=100002298304957&ref=ts#!/profile.php?id=100002298304957&sk=info
Tem outro
albergue chamado
Casa da Sucupira e ouvi falar muito bem de lá, oferecem café da manhã:
(62) 3455-1139.
PASSEIOS
O ideal mesmo é estar de carro ou estar disposto a pagar locações de van/micro-ônibus. Como eu fui na época mais badalada, por causa do festival, foi bem tranquilo de conseguir caronas e locações. Fora de época é bom se informar antes.
Todos os passeios envolvem trilhas, algumas tranquilas, algumas nem tanto. Esteja preparado com tênis, roupas confortáveis e disposição!
Para quem estiver na Vila, os passeios mais fáceis são o
Vale da Lua e o
Parque Nacional, ambos possíveis de fazer a pé.
O Parque tem 2 passeios: trilha dos Saltos e Corredeiras / Trilha dos Canions e Carioquinhas. Você pode chegar com um grupo formado (máximo 10 pessoas) ou, se estiver sozinha, é só chegar na portaria do parque que os guias se encarregam de te encaixar em um.
A do Saltos e Corredeiras eu acabei não fazendo, por falta de tempo. Fica para outro post. Mas um contato que fiz antes de viajar no Mochileiros.com, me disse que fez essa trilha c/ o guia Sr. Zé, que já é um senhor de idade, mas guia super bem. Tel: (61) 9693-6564.
A do Canions e Carioquinhas eu fiz com a Patricia, que é ótimaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Muito atenciosa, animada, explica sobre cada planta típica do Cerrado, é simpática, vai devagar, e é super responsável. Tel: (82) 9655-8440. E-mail: pat_xalala@hotmail.com.
Tem também um outro guia que amigos meus fizeram passeios com ele e recomendaram: Leo, tel (62) 9913-4350.
Tirando esses passeios, há alguns outros, alguns mais próximos, outros mais distantes que exigem caronas, vans, micro-ônibus, mas são imperdíveis também.
Além do Vale da Lua e do Parque, visite Abismo/Janela, Lajeado, Cachoeira de São Bento, Almécegas I e Almégegas II, Encontro das Águas, Água Fria, Cristal, Poço Encantado, Santa Bárbara, Macaquinhos, Cachoeira do Segredo, Terra Ronca, Gruta Angélica, Loquinhas, Couros, Cordovil etc.
Na sequência, vou postar um de cada passeio que fiz, já adiantando que voltarei muito em breve à Chapada e visitarei todos os outros. Assim que tiver novidades, vou postando.
Não deixe de experimentar o salgadinho de gergelim típico da região! Uma delícia!
Divirtam-se!